Cidade inclusiva: arquitetura para todos. Esse foi o tema da segunda edição da mostra Novos Olhares, promovida pela Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo – ABEA para dar destaque e visibilidade a projetos elaborados por estudantes de arquitetura de todo o Brasil. Os trabalhos são avaliados por uma comissão que seleciona os mais representativos. Em setembro, de um total de 13 inscritos, foram selecionados três trabalhos:
Autora: Alyne Bell
Professor orientador: Alberto Fernandes
Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)
No caminho para o bairro da Urca, para a Praia Vermelha e para o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, encontra-se o Instituto Benjamin Constant, centro de excelência na área de educação a deficientes visuais. A instituição, que acaba de completar 166 anos, ocupa um prédio majestoso, em estilo neoclássico, que data do fim do século XIX, sofreu alterações em meados do século XX e foi tombado pelo Patrimônio Histórico em 2001.
Inspirado em ícones da arquitetura, como o Wutopia Lab, em Xangai, na China, a National Library of Israel e o Joanneum Quarter, na Áustria, o projeto de reestruturação da biblioteca do Instituto propõe áreas que abriguem novas tecnologias e usos, espaços de convívio e eventos, além de novo auditório. “O projeto cria um espaço subterrâneo, dando novo uso e significado ao espaço central do edifício histórico. Define espacialidades instigantes com vistas a experiências sensoriais”, destacou a comissão de avaliação da ABEA.
O vídeo sobre o projeto está disponível em: https://youtu.be/_l3IDKi7mhA
Autora: Stéfany dos Santos Silva
Professora orientadora: Glaucineide do Nascimento Coelho
Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)
Quais histórias são contadas pelas ruas, museus, monumentos e memoriais? Quais narrativas são invisibilizadas no espaço urbano? Esses questionamentos deram início à pesquisa, mobilizada por duplo objetivo: visibilizar as lutas e trajetórias da população negra na Pequena África, território consolidado na zona portuária do Rio de Janeiro no final do século XIX; e contribuir para o debate sobre racismo e relações étnico-raciais na arquitetura e no urbanismo, através da análise crítica dos projetos urbanos empreendidos na região ao longo do século XX. Por meio da cartografia, foram mapeados e analisados marcos das territorialidades negras, como terreiros de candomblé, casas de religiosos, zungus, cortiços, eventos e personalidades, a partir de jornais, crônicas e bibliografias históricas. Também foram espacializados os projetos urbanos implementados, evidenciando a correlação entre as políticas higienistas de remoção atreladas à modernização da cidade e o esfacelamento e a invisibilização da comunidade.
Autor: Victor Carvalhaes
Professor orientador: Luis Alexandre Amaral Pereira Pinto
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP)
Cidade de porte médio, no interior do estado de São Paulo, Limeira encontra-se em transição: cresce desordenadamente para as periferias, que servem de refúgio tanto para as classes média e alta, nos condomínios fechados, tanto quanto para a classe baixa, nos conjuntos habitacionais de interesse social. Ao passo que a região central passa por um esvaziamento habitacional e consequente degradação. Imóveis tornam-se subutilizados e surgem vazios urbanos em regiões já abastecidas de infraestrutura.
O trabalho visa a reversão desse processo e propõe Habitação de Interesse Social na região central da cidade, “em uma malha urbana já consolidada”. Foi feito um diagnóstico identificando terrenos subutilizados adequados à implantação de grandes conjuntos ou edifícios altos. Os projetos favorecem a integração social por meio de pátios e espaços aprazíveis de uso comum.
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